sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Masterchef Austrália...e uma lição de humanidade!!

Há dias estava a ver um episódio de Masterchef Austrália, e num dos momentos de maior tensão, durante uma das provas dos três concorrentes finalistas, dei por mim a chorar (verdade seja dita que não é uma coisa difícil de acontecer 😛).

Adoro este programa, especialmente o da Austrália. Já tentei seguir outros Masterchefs como o dos Estados Unidos, Brasil e inclusive Portugal, mas nenhum me prendeu ao ecrã mais do que um ou dois episódios.
Acompanho este formato de concurso culinário há alguns anos, e posso afirmar que todos eles têm provas de culinária originais, difíceis e cada vez mais extravagantes (no bom sentido). Às vezes dou por mim a pensar que é impossível conseguirem inovar mais, e lá vem um prato do outro mundo que me deixa de boca aberta (de espanto e vontade de comer).
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Os concorrentes são desafiados a executar pratos variados, desde os mais "simples" e comuns, aos mais complexos e criativos que se possa imaginar. Podem ter que cozinhar para duas pessoas ou para 30 ou 50.

São convidados para serem mentores ou autores de pratos a reproduzir em prova, chefs nacionais e internacionais com tantas estrelas Michelan quanto o céu mais estrelado do planeta. Qualquer pessoa que perceba de culinária, gastronomia internacional ou cozinha gourmet, ficaria maravilhado e aterrorizado ao mesmo tempo, perante estes verdadeiros mestres.
Ali, cozinheiros amadores e alguns com muito pouca experiência, cozinham receitas com 50 mil passos, em pouco mais de uma hora. É claro que ao longo do programa, vão recebendo aulas de culinária dos maiores experts, e vão treinando a execução de pratos gradualmente mais complexos e deliciosos (pelo menos é o que parece), mas não deixa de ser uma verdadeira proeza tendo em conta o grau de exigência e perfeição que lhes é exigido.

Posto isto, estava eu a ver um episódio de Masterchef Austrália, e dei por mim a chorar. Estava a decorrer uma prova com os três finalistas, em que cada um deles tinha que preparar e cozinhar três pratos (entrada, prato principal e sobremesa) para umas 20 pessoas. No fim desta prova, sairiam os dois grandes finalistas.
Se no início, estavam todos motivados e entusiasmados a planear pratos criativos que demonstrassem ao júri tudo o que tinham aprendido até ali, assim que começaram a cozinhar, a pressão e os contratempos tomaram conta da sua boa disposição num instante. Todos eles eram concorrentes fantásticos, cada um com o seu estilo particular. No entanto, uma das concorrentes (que viria a ganhar aquela temporada), destacava-se pela organização, destreza e concentração. Raramente vacilava, e executava cada passo a uma velocidade jamais alcançada pelos outros dois.

Além dos concorrentes eliminados, que efusivamente apoiavam a partir da bancada cada um dos finalistas, eles próprios iam partilhando palavras de apoio quando percebiam que algum estava em apuros. Uma prova de verdadeiro companheirismo e amizade. Entretanto, uma das concorrentes começa a se atrapalhar num dos pratos e sucumbe à pressão, começando a chorar e afastando-se da bancada como que a desistir. Nesse instante, a concorrente que se destacava apercebe-se disso e deixa tudo o que está a fazer para abraçar a sua adversária. Ela deixa-a chorar e lembra-lhe tudo o que a sua colega conseguira alcançar até ali e as capacidades que esta possuia para ultrapassar aquele momento. Foi aqui que chorei...e não tenho vergonha de o dizer!!

Fico mesmo sensibilizada com estas demonstrações de afeto e solidariedade, onde se espera competição, egoísmo e "cada um por si". Aquela concorrente, que viria a ser a grande vencedora, podia ter-se prejudicado grandemente e arriscado a continuidade no programa, mas isso não a impediu de apoiar a sua adversária num momento em que esta podia ter desistido e ficado decidido de imediato quem seria eliminado.
São estes pequenos exemplos de humanidade que me fazem acreditar nas pessoas, mesmo a uns bons quilómetros de distância. Fico muito feliz por ver que o planeta ainda é povoado por pessoas "do bem", que se preocupam com os outros e não pensam só em si próprios e nos seus objetivos. São pessoas que olham para o lado antes de olhar para o seu umbigo, que dão a mão a quem precisa mesmo que se trate de desconhecidos, que fazem "o bem" sem ter nada a ganhar em troca.

Naquele momento, durante um episódio do Masterchef, chorei de alegria e esperança. Esperança nas pessoas, na sua bondade, solidariedade, altruísmo, generosidade e humanidade.

Sejam generosos, e espalhem o bem!!!
Beijinhos
Os três finalistas do Masterchef Austrália 2017

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É sem duvida uma demonstração de “amor” de afecto para com o outro, sem olhar só para o seu umbigo; num mundo tão competitivo e altruísta ... bem hajam pessoas assim

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    1. É verdade Lily!!! Estas coisas fazem-me acreditar que a nossa humanidade não está perdida, e que se todos fizermos o bem, "ele" prevalecerá!! Muitos beijinhos

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Querida Rubina como me indentifico com este post. Também segui o Masterchef, também vi esse episódio, também chorei... Nesse e noutros!
    São atitudes que mexem com a alma! ADORO.
    Beijinhos

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    1. Fico muito feliz por te identificares Carla querida!! Mas isso de vê-se sem dúvida, ao facto de seres uma dessas pessoas "do bem"!! Obrigada por fazeres parte da minha vida!! 😘

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