The Red Rubi: A controversa final feminina do US Open 2018!

Olá rubis!!!😊😊😊

Hoje venho falar duma situação que assisti pela televisão, e que mexeu comigo ao ponto de acabar a chorar baba e ranho. Na verdade, não é preciso muito para isso acontecer...😏

A situação foi nada mais nada menos, que a controversa final feminina do US Open, e a atitude da finalista Serena Williams, face ao trabalho do nosso árbitro português Carlos Ramos.

Eu adoro ver ténis, como já tive oportunidade de partilhar convosco, e não podia perder esta grande final entre uma campeã que renasceu das trevas, após um pós-parto com muitas complicações que lhe deixou mesmo em risco de vida, Serena Williams, e uma tenista japonesa de 20 anos com uma carreira promissora, e que estava pela primeira vez na final de um Grand Slam, Naomi Osaka.

Nunca simpatizei muito com a Serena Williams, até ela regressar ao ténis após ter sido mãe. Penso que isto tem a ver com o facto de eu querer sempre ver o lado bom das pessoas, e de algum modo ter notado algo de bom na atitude dela depois da maternidade.
Quanto à Naomi Osaka, não tinha qualquer referência, pois nunca a tinha visto jogar. Pelos comentários que ouvia, era uma boa jogadora, com um percurso curto mas promissor.

Nesta final, a japonesa estava a jogar muito bem, de forma segura e quase perfeita, perante uma tenista que intimida qualquer adversário são só pelo seu palmarés, mas também pela sua atitude agressiva e poderosa dentro do court.
Pelo grande jogo que a nipónica estava a fazer (e porque simpatizei com a miúda lol), comecei a torcer por ela.
Não estando nenhuma tenista portuguesa em jogo, a sua vitória era mais do que merecida, pela forma brilhante como ela estava a jogar. 👊👊

A jovem tenista venceu naturalmente o primeiro set, e a coisa descambou mais ou menos a meio do segundo set, quando Serena Williams perdeu a cabeça e partiu a raqueta após ter perdido um ponto importante. Ela já havia sido advertida pelo (discreto) árbitro português, por receber indicações do treinador (que são proibidas), e esta foi a segunda advertência, que resultou numa atitude deplorável da mesma, a insultar o árbitro e a usar argumentos completamente descabidos para a situação em questão. Na altura pensei para mim, "Esta mulher perdeu a cabeça, está fora de si e vai perceber o quanto está a ser ridícula e injusta, quando se acalmar um pouco!" O pior ainda estava para vir, quando o árbitro lhe aplicou um jogo de penalidade por abuso verbal que consistia na terceira advertência à jogadora norte americana. Então aí, foi o descalabro total, com os espetadores da casa (já barulhentos e expressivos o suficiente), a apuparem o árbitro de forma continua e ensurdecedora. 😒😒

Com tudo isto a acontecer, a atitude da jogadora japonesa foi exemplar. Manteve (ou tentou manter) a calma, continuou a jogar o melhor que sabia e lá venceu o seu primeiro Grand Slam, a meio dum autêntico terramoto. No final, e no momento em que deixou as suas emoções virem ao de cima, acabou em lágrimas no banco, enquanto se faziam os preparativos para a cerimónia de entrega de prémios.
Foi aqui que comecei a verter as primeiras lágrimas... Caramba, era um momento tão importante na carreira daquela tenista, um momento único que nunca mais se irá repetir por ser o primeiro, e estava completamente estragado pela atitude descontrolada da sua adversária. Naquela altura, ninguém se lembrava do jogo fantástico que fizera, do sangue frio que tivera perante os acontecimentos, e do feito histórico que aquela jogadora havia alcançado, tendo sido a primeira japonesa a ganhar a final dum Grand Slam. Não era justo, e estas coisas fazem-me (quase) sempre chorar. 😢😢

Ainda chorei mais, no momento em que a Serena Williams finalmente teve uma atitude digna, e abraçou efusivamente a sua adversária, transmitindo algumas palavras de apoio e com certeza de parabenização. Ela viria a ter a mesma atitude, no momento em que lhe era entregue o troféu de segunda classificada perante os apupos do público, e lhes pediu que fosse respeitado o grande momento da adversária que se consagrava campeã. Foi bonito, fiquei sensibilizada, mas agora de cabeça fria, considero que o que ela fez de mal, infelizmente superou esta sua atitude de empatia.

Ainda acerca deste acontecimento que anda nas bocas do mundo, tenho que acrescentar que considero completamente desnecessário, tornar este assunto numa questão de racismo, sexismo ou outra tontice qualquer que a Serena tenha utilizado como argumento no seu momento de explosão. Aliás, de uma forma geral, acho que se tem vindo a cair num perfeito exagero com esta história de sexismo, e uma por todas, e somos todas uma, e bla bla bla. É óbvio que as mulheres têm que ter um tratamento de igualdade perante os homens, no que diz respeito a ordenados, direito de voto, direito a emprego, direito a se expressarem livremente sem serem consideradas levianas ou vulgares, etc etc etc. Mas acho que este movimento nem sempre tem sido aplicado nas situações adequadas. A Serena Williams, por exemplo, não pode comparar a atitude dum árbitro que fez o seu trabalho de forma correta e de acordo com os regulamentos, com alguém que tenha realmente desrespeitado os direitos físicos e psicológicos de uma mulher. Por favor, isto é menosprezar os verdadeiros casos em que isso aconteceu efetivamente. E eu já me estou a alongar, e mais uma vez isto dava assunto para outro post. 😉😉

Espero que isto vos faça refletir como me fez a mim, porque também é para isso que este blog existe!!!

Muitos beijinhos!!!